Estas revelações, corroboradas por relatórios da ONU, expõem uma dimensão particularmente brutal do cativeiro em Gaza.

Cerca de 250 pessoas foram levadas como reféns, e embora algumas tenham sido libertadas no âmbito do acordo de cessar-fogo, as suas histórias trouxeram à luz os horrores vividos. O testemunho de Guy Gilboa-Dalal, um jovem de 24 anos, foi marcante por ser o primeiro relato público de um homem ex-refém a detalhar agressão sexual.

Ele descreveu como o seu captor o forçava a ficar nu após o duche e o tocava, ameaçando-o de morte com uma espingarda e uma faca se ele falasse. O seu relato junta-se aos de mulheres como Aviva Siegel e Amit Sussana, que também testemunharam ou sofreram violência sexual. A gravidade destas alegações foi reforçada por uma missão da ONU, cuja Representante Especial para a Violência Sexual em Conflitos afirmou ter recolhido “informações claras e convincentes” que indicam que “foi infligida violência sexual, incluindo violações e tortura sexualizada, a algumas mulheres e crianças durante o seu cativeiro”.

Estes testemunhos são cruciais para documentar os crimes de guerra e sublinham o trauma profundo infligido às vítimas civis do conflito.