A situação é particularmente tensa ao longo da chamada "Linha Amarela", a zona de demarcação para a qual as tropas israelitas se retiraram.
Apesar do acordo de cessar-fogo, a violência persiste, com mais de 350 palestinianos mortos desde o seu início, segundo o Ministério da Saúde de Gaza. As Forças de Defesa de Israel (FDI) justificam as suas ações como respostas a ameaças imediatas, como incursões de militantes que atravessam a Linha Amarela. Num incidente, as FDI anunciaram a eliminação de cinco "terroristas de alto nível do Hamas" em Rafah, alegando que o Hamas tinha violado a trégua ao enviar um combatente para atacar soldados. Noutro dia, ataques israelitas em resposta ao disparo de um "terrorista armado" resultaram na morte de 22 palestinianos, incluindo mulheres e crianças, com alguns dos bombardeamentos a ocorrerem a oeste da Linha Amarela, na zona supostamente isenta de presença militar israelita. Estes incidentes alimentam um ciclo de acusações mútuas.
O Hamas denuncia uma "perigosa escalada" por parte de Israel, enquanto este último insiste que atua em legítima defesa contra provocações.
A Linha Amarela, concebida como uma zona de separação, tornou-se um ponto de fricção constante, onde civis que tentam regressar às suas casas são frequentemente apanhados no fogo cruzado.
A contínua perda de vidas mina a confiança no acordo e levanta sérias dúvidas sobre a sua sustentabilidade a longo prazo.














