Os números, citados repetidamente pelas autoridades de saúde locais e considerados fidedignos pela ONU, pintam um quadro devastador. Em Gaza, o número de mortos ultrapassou os 69.700, um valor que inclui mais de 20.000 crianças. O número de feridos aproxima-se dos 171.000, para além de milhares de desaparecidos, presumivelmente soterrados nos escombros.
A ofensiva israelita foi uma retaliação ao ataque do Hamas, no qual morreram cerca de 1.200 pessoas em Israel e 251 foram feitas reféns. A disparidade no número de vítimas reflete a intensidade da campanha militar israelita no densamente povoado enclave palestiniano.
Mesmo após o início do cessar-fogo em outubro, as mortes continuaram a acumular-se, com o Ministério da Saúde de Gaza a reportar que mais de 300 habitantes de Gaza foram mortos por Israel desde a trégua. Estes números não incluem as mortes por doenças, infeções e fome, resultantes do bloqueio e da destruição do sistema de saúde.
A crise humanitária, com a ONU a declarar oficialmente o estado de fome, agrava ainda mais o custo humano, transformando a sobrevivência diária num desafio para mais de dois milhões de pessoas.














