A sua posição enfatiza a soberania palestiniana e critica a abordagem ocidental, marcando uma tentativa de aumentar a sua influência no Médio Oriente.

Numa mensagem por ocasião do Dia Internacional de Solidariedade com o Povo Palestiniano, o Presidente chinês, Xi Jinping, defendeu que a reconstrução de Gaza deve ser realizada sob o princípio de que "palestinianos governam a Palestina". Insistiu que qualquer estrutura pós-guerra deve respeitar "a vontade do povo palestiniano" e que os esforços devem "ancorar-se na solução de dois Estados" para alcançar um acordo político duradouro. Esta postura foi reforçada pela abstenção da China na votação do Conselho de Segurança da ONU sobre uma resolução, baseada num plano dos EUA, que estabelece uma força de segurança internacional para Gaza.

Pequim criticou o texto por ser "vago" e por não refletir suficientemente a soberania palestiniana.

O porta-voz chinês Fu Cong afirmou que no plano aprovado "a Palestina é pouco visível".

Ao defender ativamente a centralidade da liderança palestiniana no processo de paz e reconstrução, a China posiciona-se como um contraponto à influência norte-americana e como um defensor dos interesses do Sul Global, procurando capitalizar o descontentamento com a gestão ocidental do conflito.