O Hamas instou organismos internacionais a tomarem medidas urgentes para remover os perigosos engenhos na Faixa de Gaza, que descreveu como "bombas-relógio que podem explodir a qualquer momento".

Segundo o Serviço da ONU de Ação contra as Minas (UNMAS), estima-se que entre 5% a 10% das armas lançadas sobre Gaza não detonaram, e a limpeza completa do enclave poderá demorar até 14 anos.

Este perigo iminente para civis e equipas humanitárias agrava uma situação já desesperada.

Em agosto, a ONU emitiu uma declaração oficial do estado de fome na cidade de Gaza e arredores, confirmando que mais de 2,1 milhões de pessoas se encontram numa "situação de fome catastrófica". Este é "o mais elevado número de vítimas alguma vez registado" pela organização em estudos sobre segurança alimentar.

A crise foi exacerbada pelo bloqueio israelita à ajuda humanitária e pela destruição de infraestruturas essenciais.

A combinação da fome, da falta de acesso a cuidados de saúde e do risco constante de explosivos não detonados cria um ambiente de sofrimento extremo, cujas consequências se prolongarão muito para além do fim das hostilidades.