O acordo de trégua, mediado pelos Estados Unidos, estabeleceu uma "linha amarela" para a retirada parcial das tropas israelitas, mas a zona demarcada continua a ser um foco de violência.
Quase todos os dias são registadas mortes por fogo israelita nas proximidades desta linha.
Israel justifica as suas ações como respostas a incursões de militantes que atravessam a demarcação, representando uma "ameaça imediata". Num desses incidentes, o exército israelita afirmou que um "terrorista armado" disparou contra as suas tropas, levando a uma série de bombardeamentos de retaliação em toda a Faixa de Gaza, que resultaram na morte de 22 palestinianos, incluindo mulheres e crianças, segundo fontes médicas locais. O governo de Netanyahu comunicou que, em resposta, eliminou "cinco terroristas de alto nível do Hamas". Por sua vez, o Hamas acusa Israel de violar o cessar-fogo ao atacar os seus combatentes nos túneis de Rafah. O Ministério da Saúde de Gaza reportou que 318 habitantes do enclave foram mortos por Israel desde o início da trégua. Esta troca de acusações e a contínua perda de vidas, incluindo civis, demonstram a extrema fragilidade do acordo e os desafios para avançar para as etapas seguintes do plano de paz, que preveem o desarmamento do Hamas e a criação de uma administração pós-conflito.













