Enquanto o plano americano prevê um "conselho da paz" e uma força internacional, a China insiste na soberania palestiniana, defendendo que "palestinianos governam a Palestina".

O debate sobre quem administrará Gaza após o fim das hostilidades revela profundas divergências entre as potências globais.

O plano de paz promovido pelos Estados Unidos prevê a criação de um "conselho da paz" e o destacamento de uma força de segurança internacional até 2027.

Esta proposta visa estabilizar a região e garantir a desmilitarização do Hamas.

A Turquia, um ator regional importante, ofereceu-se para participar nesta força de estabilização, uma proposta que reflete as suas ambições de influência no Médio Oriente.

No entanto, Israel, que mantém relações tensas com Ancara devido ao seu apoio ao Hamas, rejeitou categoricamente qualquer participação turca.

Em contrapartida, a China apresentou uma visão distinta, focada na autodeterminação.

O Presidente Xi Jinping, numa mensagem à ONU, defendeu que a reconstrução de Gaza deve ser realizada sob o princípio de que "palestinianos governam a Palestina", respeitando a "vontade do povo palestiniano". Pequim insiste que qualquer acordo pós-guerra deve evitar tutelas externas e ser ancorado na "solução de dois Estados" para alcançar um acordo político "abrangente, justo e duradouro".

A China absteve-se na votação do Conselho de Segurança sobre a resolução baseada no plano de Trump, criticando o texto por ser "vago" e não refletir suficientemente a soberania palestiniana.