Pela primeira vez, o Hamas reconheceu publicamente que entre 60 a 80 dos seus membros estão encurralados, responsabilizando Israel pelas suas vidas e apelando à intervenção de mediadores como o Egito, o Qatar, a Turquia e os Estados Unidos para garantir a sua passagem segura.

O movimento acusa Israel de violar a trégua ao "procurar, eliminar e prender combatentes da resistência sitiados nos túneis de Rafah".

Em contrapartida, um porta-voz do governo israelita afirmou que o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu "não estava a autorizar a passagem segura de 200 terroristas do Hamas", mantendo-se firme na intenção de desmantelar as capacidades militares do grupo.

O exército israelita anunciou ter morto mais de 20 combatentes que tentavam escapar dos túneis.

A crise está a ser abordada com os mediadores, que procuram um acordo para permitir a saída dos combatentes para áreas não controladas por Israel, evitando um colapso do cessar-fogo. A complexidade do acordo é também visível na troca de corpos: Israel deve entregar os restos mortais de 15 prisioneiros palestinianos por cada refém morto devolvido, um processo lento e marcado por acusações mútuas de atraso e violação do acordo.