Relatos contraditórios sobre a identificação dos restos mortais e os atrasos na entrega geram tensão e dificultam o avanço do processo de paz. No âmbito do acordo de cessar-fogo, o Hamas comprometeu-se a entregar os corpos de todos os reféns mortos.

No entanto, o processo tem sido marcado por incertezas.

Vários artigos reportaram a receção por parte de Israel, através da Cruz Vermelha, de alegados restos mortais para exame. Posteriormente, foi anunciado que os restos mortais do cidadão tailandês Sudthisak Rinthalak, de 42 anos, morto a 7 de outubro de 2023, tinham sido identificados.

Contudo, um outro relatório do gabinete do primeiro-ministro israelita indicou que o exame a outros corpos recebidos revelou que estes não correspondiam aos reféns, gerando confusão sobre o estado do processo. A questão é de extrema importância, pois o governo israelita defende que não permitirá a entrada de mais ajuda humanitária em Gaza até que as milícias palestinianas devolvam os corpos dos dois últimos reféns.

O Hamas, por sua vez, atribuiu o atraso na entrega às dificuldades logísticas num território devastado pela guerra.

Esta situação de impasse não só prolonga o sofrimento das famílias, como também serve de entrave a progressos noutras áreas do acordo, como a ajuda humanitária.