A sua intervenção diplomática reflete a crescente influência de Pequim no Médio Oriente.

Após o ataque israelita a um campo de refugiados em Khan Yunis, o governo chinês, através do porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros, Lin Jian, lamentou o sucedido e sublinhou a importância de um cessar-fogo "para aliviar a crise humanitária e restaurar a Paz e a estabilidade regional o mais rápido possível". Esta posição foi reforçada ao mais alto nível pelo presidente Xi Jinping, que, após uma reunião em Pequim com o homólogo francês, Emmanuel Macron, anunciou um apoio de 100 milhões de dólares (equivalente a 85,8 milhões de euros) para a reconstrução de Gaza.

Na mesma ocasião, Xi declarou que a China e a França irão trabalhar em conjunto para alcançar "uma solução abrangente, justa e duradoura" no Médio Oriente.

Esta abordagem, que combina uma retórica de desescalada com compromissos financeiros concretos, demonstra a intenção da China de se afirmar não apenas como uma potência económica, mas também como um mediador diplomático influente, procurando preencher o vácuo deixado por outras potências e construir alianças estratégicas na região.