Estas discussões, centrais na segunda fase do plano de paz, são complexas e envolvem múltiplos atores e interesses. O plano de paz promovido pelos Estados Unidos delineia um caminho que vai além do fim das hostilidades.
A segunda fase, descrita como a que contém as "questões mais espinhosas", foca-se em três pilares fundamentais: o desarmamento do Hamas, a reconstrução da Faixa de Gaza e a definição de quem governará o enclave. Esta última questão é particularmente delicada, com propostas que incluem a criação de uma "autoridade de transição" e o envio de uma "força internacional de estabilização". O esforço de reconstrução, por sua vez, será monumental, dada a destruição de quase todas as infraestruturas do território. Neste contexto, o anúncio da China de que irá contribuir com 100 milhões de dólares representa um dos primeiros compromissos financeiros concretos de uma grande potência. No entanto, a viabilidade de qualquer plano de reconstrução e de uma nova governação está intrinsecamente ligada ao sucesso da desmilitarização da Faixa, um objetivo que Israel considera inegociável, mas que o Hamas não mostra sinais de aceitar. A resolução destas questões determinará não só o futuro de Gaza, mas também a estabilidade de toda a região.













