As estatísticas revelam um impacto devastador sobre a população civil, com a ONU a indicar que, a partir dos óbitos verificados, 70% das vítimas são mulheres e crianças.

A guerra, iniciada com os ataques do Hamas a 7 de outubro de 2023 no sul de Israel — que resultaram em cerca de 1.200 mortos e 251 reféns —, desencadeou uma operação militar israelita em grande escala que levou à destruição de quase todas as infraestruturas do território. Até ao cessar-fogo de outubro de 2025, 90% dos 2,1 milhões de habitantes de Gaza estavam deslocados. O destino destes civis tornou-se ainda mais incerto perante ameaças de membros do governo israelita de os concentrar numa "cidade humanitária" ou mesmo de os deportar. Esta última ideia foi ecoada pelo líder norte-americano, Donald Trump, quando se referiu à possibilidade de criar uma "Riviera do Médio Oriente".

A escala da destruição e do custo humano consolidou o conflito como uma das crises humanitárias mais graves do século.