As Nações Unidas descreveram o ano de 2025 como um período de fome e genocídio para os palestinianos em Gaza, com relatórios a denunciarem uma catástrofe humanitária “inteiramente provocada pelo Homem”. Uma comissão de investigação independente da ONU acusou formalmente Israel, em setembro, de cometer um genocídio com a “intenção de destruir” a população palestiniana, uma alegação que Telavive rejeitou veementemente, classificando-a como “tendencioso e mentiroso”. Esta acusação foi corroborada por outro painel de peritos da ONU, que um mês antes tinha declarado uma situação de fome para meio milhão de pessoas no norte do território, descrevendo condições catastróficas. A crise é agravada pelo bloqueio israelita, pela destruição de mais de 80% dos edifícios e pelo deslocamento forçado de 90% dos 2,1 milhões de habitantes.
A ajuda humanitária que consegue entrar no enclave é manifestamente insuficiente para as necessidades, com relatos de apenas 47 camiões a atravessar a fronteira num único dia.
A pressão internacional resultante destes relatórios levou a que uma dezena de países ocidentais, incluindo Portugal, reconhecesse o Estado da Palestina e que vários governos europeus impusessem embargos de armas a Israel. A situação no terreno permanece desesperada, com equipas de resgate incapazes de alcançar milhares de pessoas soterradas devido à falta de equipamento e combustível.
Em resumoA situação humanitária em Gaza atingiu um ponto crítico, com as Nações Unidas a lançarem graves acusações de genocídio e fome provocada pelo homem contra Israel. A destruição generalizada, o deslocamento em massa e a ajuda insuficiente pintam um quadro sombrio do impacto devastador do conflito sobre a população civil.