Segundo vários relatos, os militares israelitas abrem fogo quase diariamente contra palestinianos que se aproximam demasiado das suas posições.
A situação é agravada pelo facto de grande parte da população deslocada desconhecer as novas delimitações impostas no terreno.
Muitos civis, na tentativa desesperada de regressar às suas casas destruídas ou de procurar alimentos, acabam por entrar inadvertidamente nestas áreas consideradas proibidas, tornando-se alvos. Um incidente confirmado pelas Forças de Defesa de Israel (FDI) descreve a morte de um homem palestiniano, classificado como “um terrorista”, que foi abatido após atravessar a linha e se aproximar das unidades militares, representando uma “ameaça imediata”.
A situação é particularmente tensa em Rafah, no extremo sul, formalmente uma zona militarizada sob controlo israelita. A existência e a gestão desta “linha amarela” são uma fonte contínua de vítimas e um dos principais fatores que minam a confiança no cessar-fogo, demonstrando que, apesar da trégua, a presença militar e o controlo israelita sobre a vida dos palestinianos permanecem uma realidade diária.













