O Qatar, o Egito e a Turquia desempenham um papel crucial como mediadores no conflito de Gaza, pressionando por avanços no plano de paz e pela rápida implementação de uma força internacional de estabilização. Estes países, juntamente com os Estados Unidos, foram fundamentais para a concretização do acordo de cessar-fogo de outubro e continuam a ser centrais nas negociações para as fases subsequentes. O porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros do Qatar, Majed al-Ansari, afirmou que os mediadores estão a pressionar as partes para avançarem “muito, muito em breve, para a segunda fase” do plano. Numa ação conjunta, os chefes da diplomacia do Qatar e do Egito apelaram à “rápida formação” da força de segurança internacional, para que esta “possa cumprir o seu mandato”. A Turquia também apoia esta medida, embora o seu ministro, Hakan Fidan, tenha revelado que Israel se opõe à participação de forças turcas, por considerar Ancara demasiado próxima do Hamas.
O principal objetivo desta força, segundo Fidan, deve ser “separar os palestinianos dos israelitas”.
A diplomacia destes países é vital para manter o diálogo entre Israel e o Hamas, tentando gerir as complexidades e a desconfiança mútua que ameaçam constantemente descarrilar o processo de paz.
Em resumoPotências regionais como o Qatar, o Egito e a Turquia são indispensáveis no processo de paz de Gaza, mediando ativamente e defendendo passos cruciais como a implementação de uma força de estabilização. No entanto, a sua influência é desafiada pelas profundas divergências entre os principais beligerantes.