As poucas visitas permitidas, como a recente a um túnel do Hamas em Rafah, são conduzidas sob escolta militar e o material produzido está sujeito a censura prévia.

A agência Associated Press relatou que, embora o seu conteúdo não tenha sofrido alterações, teve de ser submetido à aprovação dos militares. A FPA, que representa centenas de meios de comunicação internacionais, apresentou uma petição ao Supremo Tribunal de Israel há mais de um ano para garantir acesso imediato a Gaza. No entanto, o tribunal concedeu repetidos adiamentos ao Estado para apresentar uma resposta, prolongando agora o prazo até 21 de dezembro.

A FPA considera que “é claro que o objetivo do Estado é atrasar a sua resposta o mais possível”, o que “prejudica seriamente a capacidade dos media internacionais de cumprir a sua missão”.

Este bloqueio informativo agrava-se com o elevado número de fatalidades entre os profissionais de comunicação social locais.

A organização Repórteres Sem Fronteiras denunciou que quase metade dos 67 jornalistas mortos num ano pereceram em Gaza “sob o fogo das forças armadas israelitas”, evidenciando os riscos extremos enfrentados por aqueles que tentam cobrir o conflito a partir de dentro.