A rejeição, fundamentada no seu apoio à invasão do Iraque em 2003, evidencia as profundas divisões e a desconfiança histórica que complicam os esforços diplomáticos ocidentais na região.
Tony Blair tinha sido o único nome publicamente apoiado por Trump para liderar a Autoridade Internacional de Transição de Gaza (GITA), uma iniciativa que o próprio Blair descreveu como “audaz e inteligente”.
No entanto, a sua designação enfrentou forte oposição de governos árabes e muçulmanos, que o consideram uma figura excessivamente controversa. O seu alinhamento com George W. Bush na guerra do Iraque alimentou a perceção de que é um “criminoso de guerra” no mundo árabe. Além disso, o seu historial como enviado do Quarteto para o Médio Oriente, entre 2007 e 2015, é amplamente considerado irrelevante, com poucos resultados práticos para os palestinianos, o que reforçou a ideia de que mantém uma postura demasiado próxima dos interesses de Washington e Telavive.
Perante o veto, Trump recuou, afirmando querer garantir que o líder escolhido fosse “alguém aceite por todos”.
Embora afastado da liderança, o Financial Times refere que Blair deverá integrar o Comité Executivo do conselho, ao lado de Jared Kushner e Steve Witkoff, um órgão que acompanhará a implementação do plano de transição.
Esta ligação a Kushner não é nova e continua a suscitar críticas, sendo vista como uma forma de “tutela estrangeira” sobre o futuro da Palestina.













