A trégua, que interrompeu uma devastadora ofensiva israelita, tem sido marcada por uma instabilidade constante.
Quase diariamente, Israel e o Hamas trocam acusações sobre a violação do acordo, o que dificulta a consolidação da paz.
Esta primeira fase do plano, promovido pelos Estados Unidos, previa a libertação de reféns em troca de prisioneiros palestinianos, a retirada parcial das tropas israelitas e a entrada de ajuda humanitária. Contudo, a sua implementação tem sido conturbada, com atrasos e disputas sobre a entrega dos corpos de reféns mortos e incidentes de violência que já resultaram na morte de mais de 370 palestinianos desde o início da pausa nos combates.
A situação é particularmente tensa na chamada “linha amarela”, uma demarcação onde as forças israelitas mantêm posições e frequentemente abrem fogo contra civis.
A fragilidade do cessar-fogo atual representa um obstáculo significativo para a transição para a segunda fase do plano de paz, que contempla questões mais complexas como a retirada total de Israel, o desarmamento do Hamas e a criação de uma força internacional de estabilização. As autoridades israelitas condicionam o avanço das negociações à recuperação de todos os reféns, enquanto a violência contínua no terreno demonstra que a paz é ainda um objetivo distante e incerto para a população de Gaza.













