A situação humanitária na Faixa de Gaza atingiu níveis catastróficos, com a população a enfrentar fome, o colapso de serviços básicos e uma grave crise de saúde. Organizações internacionais alertam que “mais de dois milhões de pessoas precisam de tudo”, numa crise inteiramente provocada pela ação humana. Em setembro de 2025, um painel de peritos da ONU declarou formalmente uma situação de fome no norte do território, uma condição descrita como “inteiramente provocada pelo Homem” devido às operações militares israelitas e ao bloqueio imposto ao enclave. O padre Gabriel Romanelli, pároco da única igreja católica de Gaza, reforça a urgência da situação, afirmando que “o mundo deve saber que há aqui mais de dois milhões de pessoas que não têm nada e precisam de tudo”.
A crise é agravada pela destruição generalizada das infraestruturas essenciais, como sistemas de água, esgotos e eletricidade.
A falta de alimentos nutritivos tem consequências devastadoras, especialmente para os mais vulneráveis.
Um relatório da UNICEF indica que a desnutrição entre mulheres grávidas e lactantes está a duplicar o número de bebés que nascem com baixo peso, aumentando em 20 vezes a sua probabilidade de morte. A entrega de ajuda humanitária continua a ser insuficiente e dificultada por restrições de acesso, atrasos nas alfândegas e a insegurança no terreno, deixando a população dependente de auxílio limitado para sobreviver. A recente tempestade “Byron” agravou ainda mais as condições, provocando inundações que colocaram cerca de 795.000 deslocados em “situação de risco ainda maior”.
Em resumoA crise humanitária em Gaza é extrema, caracterizada por fome declarada pela ONU, destruição de infraestruturas e um colapso sanitário que afeta gravemente mulheres grávidas e recém-nascidos. A ajuda internacional é insuficiente para responder às necessidades de mais de dois milhões de pessoas.