Esta posição representa uma contraproposta ao plano de paz americano, que exige o desarmamento total do grupo. Segundo Khaled Mechaal, antigo líder do movimento, “a ideia de um desarmamento total é inaceitável para a resistência”.
Em vez disso, o Hamas propõe um “congelamento ou um armazenamento [das armas]” como garantia contra futuras escaladas militares.
Mechaal sublinhou que, para um palestiniano, o desarmamento “equivale a arrancar-lhe a própria alma”.
O grupo islamista está disposto a entregar as suas armas a uma futura autoridade palestiniana, mas apenas se a ocupação israelita terminar.
Além disso, o Hamas mostrou-se recetivo ao destacamento de uma força internacional de manutenção da paz ao longo da fronteira com Israel, semelhante à UNIFIL no Líbano, para atuar como garante do acordo e separar as duas partes. No entanto, recusa a presença de qualquer força estrangeira dentro do território de Gaza, considerando que tal “equivaleria a uma ocupação”. As negociações, mediadas principalmente pelo Qatar e pelo Egito, continuam, mas existem divergências internas no Hamas e com outras fações palestinianas sobre a possibilidade de entregar as armas a uma entidade palestiniana, desde que haja garantias de que estas não cairão nas mãos de Israel ou dos EUA.













