Desde o início do cessar-fogo a 10 de outubro de 2025, pelo menos 367 palestinianos foram mortos a tiro pelas forças israelitas. A “linha amarela” foi estabelecida após a retirada parcial das tropas de Israel, que ainda mantêm o controlo de cerca de 54% do território de Gaza.

As forças israelitas abrem fogo quase diariamente contra palestinianos que se aproximam desta zona tampão.

Segundo relatos, grande parte da população deslocada desconhece as novas delimitações impostas no terreno.

Muitos tentam regressar às suas casas destruídas ou procurar alimentos e acabam por entrar inadvertidamente em áreas consideradas proibidas pelo exército israelita, tornando-se alvos.

Num incidente específico, um homem descrito pelas Forças de Defesa de Israel (FDI) como “um terrorista” foi abatido após cruzar a linha e aproximar-se de unidades militares, que consideraram a sua presença uma “ameaça imediata”. Este padrão de violência contínua demonstra a extrema fragilidade do cessar-fogo e a persistência de um ambiente letal para os civis, mesmo com a suspensão formal das hostilidades em larga escala.

A situação em Rafah, no extremo sul, é particularmente complexa, sendo uma zona militarizada onde os confrontos são quase diários.