Segundo a organização Repórteres Sem Fronteiras, quase metade dos 67 jornalistas mortos em serviço durante um ano pereceram em Gaza, “sob o fogo das forças armadas israelitas”.

Outros relatórios apontam para um número ainda mais devastador, com mais de 250 profissionais de comunicação mortos ao longo de dois anos de conflito. A grande maioria das vítimas são jornalistas palestinianos, que têm assegurado a cobertura no terreno numa altura em que Israel proíbe a entrada de imprensa internacional na Faixa de Gaza. O acesso de jornalistas estrangeiros ao enclave tem sido limitado a raras e breves visitas, sempre supervisionadas pelos militares israelitas, o que restringe severamente a capacidade de reportagem independente. Esta situação coloca um fardo imenso sobre os jornalistas locais, que continuam o seu trabalho em condições de extremo perigo, enfrentando bombardeamentos, falta de segurança e a perda de colegas e familiares. A vulnerabilidade destes profissionais tem sido uma constante, evidenciando os riscos extremos associados à documentação de um conflito de tamanha intensidade e destruição, onde a informação independente é crucial, mas a sua obtenção acarreta um preço fatal.