A destruição generalizada e a insuficiência da ajuda internacional agravam a crise.
A escala do sofrimento é imensa, conforme descrito pelo padre Gabriel Romanelli, pároco da única igreja católica de Gaza: “O mundo deve saber que há aqui mais de dois milhões de pessoas que não têm nada e precisam de tudo”.
A crise é multifacetada.
Cerca de 795.000 deslocados palestinianos estão em risco acrescido devido a inundações provocadas por tempestades, vivendo em abrigos precários e em zonas sobrelotadas com saneamento inadequado, o que aumenta o perigo de surtos de doenças. A saúde pública está em colapso, evidenciado pelo facto de o número de bebés nascidos com baixo peso ter duplicado devido à desnutrição materna; um relatório indica que 38% das mulheres grávidas sofriam de desnutrição entre julho e setembro de 2025. A infraestrutura do enclave está em ruínas, com mais de 80% dos edifícios destruídos ou danificados, deixando milhares de corpos sob os escombros, inacessíveis devido à falta de equipamento pesado. Apesar do cessar-fogo, a ajuda humanitária que entra no território é manifestamente insuficiente para as necessidades de uma população que enfrenta fome, doenças e a ausência de condições básicas de vida, num cenário de devastação contínua.













