Este balanço devastador é um elemento central para compreender a dimensão da catástrofe humanitária no enclave.

Os números, atribuídos às autoridades de saúde de Gaza, são uma constante nas reportagens sobre o conflito, fornecendo uma métrica sombria do seu impacto.

Vários artigos referem “mais de 70 mil mortos no enclave, na maioria civis”, enquanto outros fornecem dados mais precisos, como “pelo menos 70.354 palestinianos perderam a vida e mais de 171.030 sofreram ferimentos”.

A consistência destes números em diferentes fontes noticiosas solidifica-os como um facto central da narrativa do conflito.

A guerra, iniciada em retaliação ao ataque do Hamas de 7 de outubro de 2023, que causou cerca de 1.200 mortos em Israel, levou a uma operação militar israelita de escala sem precedentes. O elevado número de vítimas é frequentemente contextualizado com a destruição de “quase todas as infraestruturas do território”, o “desastre humanitário” e a “deslocação forçada de centenas de milhares de pessoas”. Esta contagem de vítimas serve não apenas como um registo estatístico, mas também como a base para acusações de crimes de guerra e genocídio, alimentando o debate internacional sobre a proporcionalidade da resposta de Israel e a necessidade de responsabilização.