Philippe Lazzarini, chefe da UNRWA, afirmou que "as ruínas inundadas" onde os palestinianos se refugiam "estão a desabar", aumentando a exposição ao frio.

A Organização Internacional para as Migrações (OIM) alertou que as inundações colocaram "cerca de 795.000 palestinianos deslocados em situação de risco ainda maior", com acampamentos em terrenos baixos e sem saneamento adequado, o que aumenta o perigo de surtos de doenças.

A ajuda humanitária enfrenta enormes obstáculos; Lazzarini lamentou que os fornecimentos da sua agência "estão há meses à espera de entrar" devido às restrições israelitas.

A crise é agravada pela desnutrição, especialmente entre grávidas e lactantes.

A UNICEF reportou que 38% das grávidas sofriam de desnutrição entre julho e setembro de 2025, um fenómeno que duplicou o número de bebés nascidos com baixo peso e aumentou a mortalidade neonatal em 75%. A falta de acesso a alimentos nutritivos, aliada a um sistema de saúde em colapso, torna a situação insustentável, com as mães a "sacrificarem-se para alimentar os filhos", segundo a porta-voz da UNICEF.