O plano de paz de 20 pontos, apoiado por uma resolução do Conselho de Segurança da ONU, estrutura-se em fases. A primeira, já em curso, focou-se no cessar-fogo e na troca de reféns por prisioneiros palestinianos.
A segunda fase, consideravelmente mais complexa, prevê a retirada progressiva do exército israelita, o desarmamento do Hamas, a formação de um governo tecnocrático de transição e o envio de uma Força Internacional de Estabilização (ISF). Para concretizar este último ponto, realizou-se uma conferência em Doha, coorganizada pelo Qatar e pelo Comando Central dos EUA, com a participação de representantes de 25 países. O objetivo é definir a estrutura de comando e os detalhes operacionais da força, para a qual 59 países já se teriam comprometido a enviar tropas.
A liderança desta força multinacional é um ponto crucial, com o presidente Trump a planear nomear um general norte-americano para o comando, o que, na prática, daria aos EUA o controlo não só da administração transitória, mas também da segurança do enclave.
Este esforço diplomático procura criar um mecanismo para garantir a estabilidade pós-conflito, supervisionar a reconstrução e facilitar a desmilitarização de Gaza, embora enfrente obstáculos significativos, como a posição do Hamas sobre o desarmamento e a desconfiança de vários atores regionais.














