No entanto, o movimento propõe um "congelamento" do seu arsenal e uma trégua de dez anos, mostrando-se aberto a uma força internacional na fronteira, mas não no interior de Gaza. Esta posição representa um dos maiores entraves à implementação da segunda fase do plano de paz de Donald Trump. Dirigentes do Hamas, como Khaled Mechaal e Khalil al-Hayya, têm sido claros: "A ideia de um desarmamento total é inaceitável para a resistência".
Em vez disso, o grupo palestiniano discute com os mediadores (Qatar, Egito e EUA) propostas alternativas.
Uma delas é um "congelamento ou armazenamento" do seu armamento, acompanhado de "garantias claras" contra futuras agressões israelitas. Outra proposta é um acordo de trégua com a duração de dez anos. O Hamas também indicou não ter objeções a uma força internacional de manutenção da paz, semelhante à UNIFIL no Líbano, que se posicione ao longo da fronteira para separar Gaza de Israel.
Contudo, rejeita veementemente a presença de tais forças dentro do território palestiniano, por considerar que isso "equivaleria a uma ocupação".
Esta recusa em depor as armas colide frontalmente com a exigência israelita de desmilitarização total de Gaza, com uma porta-voz de Netanyahu a reafirmar: "Não há futuro para o Hamas na Faixa de Gaza, eles serão desarmados".
A divergência sobre o futuro do arsenal do Hamas permanece, assim, um ponto crítico que ameaça paralisar as negociações para uma paz duradoura.














