O plano, mediado pelos EUA, Egito e Qatar, estrutura-se em várias fases.
A primeira, atualmente em curso, envolve um cessar-fogo, a troca de prisioneiros e reféns, a retirada parcial das forças israelitas e o acesso de ajuda humanitária. As etapas seguintes preveem o desarmamento completo do Hamas, o destacamento de uma força de estabilização internacional e a criação de um Conselho da Paz, uma administração transitória a ser dirigida pelo Presidente norte-americano, Donald Trump, ambas as medidas já aprovadas pelo Conselho de Segurança da ONU.
Contudo, o avanço está bloqueado.
Israel recusa-se a passar para as próximas fases enquanto não recuperar o último corpo da lista de reféns a devolver pelo Hamas.
Por outro lado, o Hamas insiste no seu "direito legítimo" de estar armado, considerando-o intrinsecamente ligado à criação de um Estado palestiniano. O secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, sublinhou a centralidade desta questão, afirmando que "se o Hamas alguma vez se encontrar em posição de ameaçar ou atacar Israel, não haverá paz".
O Secretário-Geral da ONU, António Guterres, apelou a que se avance para a segunda fase, defendendo que não devem existir "pretextos para o evitar", mas a desconfiança e as exigências contraditórias das partes mantêm o processo num impasse perigoso.













