O assassinato de Raed Saad, um comandante de topo do Hamas, num ataque de drone israelita, gerou tensões diplomáticas significativas entre Israel e os Estados Unidos. A administração Trump terá repreendido o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, considerando a ação uma violação do cessar-fogo e um risco para a reputação do presidente norte-americano como mediador do acordo de paz. Raed Saad, identificado por Israel como chefe de operações das Brigadas al-Qassam e um dos mentores dos ataques de 7 de outubro de 2023, foi morto no sábado, apesar do cessar-fogo em vigor desde 10 de outubro. Segundo o portal Axios, que cita responsáveis norte-americanos, a Casa Branca enviou uma mensagem "inequívoca de que Israel violou o cessar-fogo". Uma das fontes citadas foi direta: "Não permitiremos que prejudique a reputação do presidente Trump depois de este ter mediado o acordo em Gaza".
Embora um responsável israelita tenha confirmado o descontentamento de Washington, descreveu a mensagem como mais moderada.
Publicamente, o Presidente Trump procurou minimizar o atrito, afirmando ter uma relação "muito boa" com Netanyahu e com Israel.
O Hamas, por sua vez, confirmou a morte do seu comandante.
Este incidente sublinha a fragilidade da trégua e as diferentes interpretações das suas regras, com Israel a continuar a visar alvos de alto valor do Hamas, enquanto os EUA, como principal mediador, procuram preservar a estabilidade do acordo para avançar com o plano de paz.
Em resumoO assassinato do comandante do Hamas, Raed Saad, por Israel foi visto pelos EUA como uma violação do cessar-fogo, provocando uma repreensão a Netanyahu. O incidente expôs fissuras na aliança e complicou os esforços de mediação de paz liderados por Washington.