A violência na Cisjordânia ocupada intensificou-se drasticamente desde o início da guerra em Gaza, com um aumento acentuado de mortes, ataques de colonos e operações militares israelitas. As Nações Unidas expressaram alarme com a "glorificação da violência" por parte de autoridades israelitas e a contínua expansão dos colonatos ilegais, que minam a viabilidade de um futuro Estado Palestiniano. Desde 7 de outubro de 2023, mais de mil palestinianos foram mortos na Cisjordânia por tropas e colonos israelitas. Um dos incidentes recentes foi a morte a tiro de Mouheeb Ahmed Jibril, um jovem de 16 anos, por um colono perto de Belém. Numa sessão do Conselho de Segurança da ONU, o coordenador humanitário Ramiz Alakbarov declarou-se "consternado com a glorificação da violência por parte de autoridades, a sua participação em provocações perigosas, incitação e linguagem inflamatória".
Alakbarov criticou duramente a expansão "incessante" dos colonatos, que alimenta tensões e viola o direito internacional.
As críticas visam figuras da extrema-direita do governo israelita, como os ministros Bezalel Smotrich e Itamar Ben Gvir, conhecidos pela sua retórica incendiária.
Alakbarov também lamentou que os ataques de colonos se tornaram "mais frequentes e violentos", ocorrendo muitas vezes "com a presença ou o apoio das forças de segurança israelitas". A agência da ONU para os refugiados palestinianos (UNRWA) alertou ainda para novas ordens de demolição no campo de Nur Shams, onde quase metade dos edifícios já foram danificados ou destruídos, o que é visto como uma tentativa de alterar permanentemente a topografia da região e consolidar a ocupação.
Em resumoA Cisjordânia enfrenta uma escalada de violência sem precedentes, com mais de mil palestinianos mortos desde outubro de 2023. A ONU condena a retórica inflamatória de ministros israelitas, a violência dos colonos e a expansão contínua de colonatos, que ameaçam qualquer solução de paz.