A decisão do Gabinete de Segurança de Israel, proposta pelos ministros ultrarradicais Bezalel Smotrich (Finanças) e Israel Katz (Defesa), eleva para 69 o número de colonatos reconhecidos durante o mandato de Smotrich. Harun Nassereddine, membro do gabinete político do Hamas, afirmou que a medida "representa um novo passo colonial que consolida a política de anexação progressiva e procura saquear o território palestiniano".
Segundo o Hamas, a expansão dos colonatos é um "instrumento fundamental para a deslocação" dos palestinianos, em detrimento dos seus "direitos históricos e legais".
O ministro Smotrich declarou abertamente que o objetivo é impedir "o estabelecimento de um Estado terrorista palestiniano no terreno".
A decisão inclui a reconstrução de colonatos como Ganim e Kadim, que tinham sido desmantelados em 2005.
Esta política surge num contexto de crescente reconhecimento internacional do Estado da Palestina, com Israel a retaliar após países como Espanha, Noruega e Irlanda terem formalizado esse reconhecimento.
A violência na Cisjordânia tem vindo a aumentar desde o início da guerra em Gaza, com as Nações Unidas a registarem mais de mil palestinianos mortos em ataques atribuídos ao exército israelita ou a colonos radicais.
O Hamas instou a comunidade internacional a tomar "medidas imediatas e práticas para travar os colonatos", que considera ilegais à luz do direito internacional.














