A organização Flotilha Global Sumud (GSF) anunciou uma nova e ambiciosa missão marítima para a Palestina, agendada para a primavera de 2026, que visa não só entregar ajuda humanitária, mas também estabelecer uma presença civil sustentada em Gaza. Descrita como "a maior ação civil coordenada por via marítima para a Palestina até à data", a iniciativa planeia mobilizar 100 barcos e mais de 3.000 participantes de mais de 100 países, representando mais do dobro da capacidade da operação anterior, que foi intercetada por Israel em outubro de 2025. O objetivo principal desta "expansão decisiva" vai além da "simples entrega de ajuda humanitária", procurando alcançar uma "presença civil sustentada e especializada" para reconstruir "as infraestruturas civis básicas destruídas por dois anos de genocídio". A missão incluirá mais de mil profissionais de saúde a bordo de navios equipados com medicamentos e equipamento vital, que coordenarão com o pessoal de saúde local para reforçar um sistema devastado. Um dos pilares da operação é o estabelecimento de uma "presença de proteção civil desarmada", com civis treinados para dissuadir a violência, documentar violações de direitos humanos e fortalecer os mecanismos de proteção locais.
A GSF afirma que a ação se baseia no direito internacional e na liderança palestiniana, com Saif Abukeshek, membro do comité diretivo, a declarar: “Quando as instituições abandonam as suas obrigações legais e morais, o povo herda essa responsabilidade”.
A flotilha visa também pressionar para "romper o cerco israelita", afirmando o direito dos palestinianos ao acesso à sua costa, e "expor a cumplicidade internacional" que permite o bloqueio.
Em resumoA Flotilha Global Sumud prepara para 2026 uma missão sem precedentes para Gaza, com 100 navios, focada não apenas na ajuda humanitária, mas na reconstrução de infraestruturas e no estabelecimento de uma presença civil de proteção. Esta iniciativa surge como uma resposta direta à interceção de missões anteriores por Israel e visa quebrar o bloqueio e denunciar a situação no enclave.