A iniciativa, apoiada por figuras da extrema-direita do governo israelita, aumenta a tensão e reflete as ambições anexionistas de uma parte da sociedade israelita. Cerca de 20 homens, mulheres e crianças israelitas entraram na região central da Faixa de Gaza e hastearam uma bandeira de Israel no local do antigo 'kibbutz' de Kfar Darom, um dos 21 colonatos evacuados em 2005. O movimento, que ganhou força após os ataques do Hamas de 7 de outubro de 2023, defende o restabelecimento dos colonatos em Gaza e a expulsão dos palestinianos. O exército israelita confirmou o incidente, afirmando que os civis foram "levados de volta para território israelita" e que a entrada numa zona de combate é proibida e perigosa. Daniella Weiss, uma figura proeminente do movimento dos colonos e cofundadora do movimento Nachala, declarou numa concentração em Sderot que o hastear da bandeira assinala "o início de uma nova era" em que os israelitas regressarão a Gaza.

"Nem os indonésios, nem os turcos, nem os egípcios, nem qualquer outro país, somente o povo de Israel governará Gaza", afirmou.

A iniciativa contou com o apoio explícito do ministro da Segurança Nacional, Itamar Ben Gvir, e de outros dez ministros e mais de 20 membros do parlamento, evidenciando a influência da ala ultranacionalista no governo de Israel e o seu desejo de reverter a retirada de 2005.