O governo egípcio, por sua vez, enquadra o negócio como uma transação "puramente comercial" para reforçar a sua posição como centro energético regional.
O acordo, aprovado por Netanyahu e que envolve a empresa norte-americana Chevron e parceiros israelitas, prevê a venda de 130 mil milhões de metros cúbicos de gás natural ao Egito até 2040. A primeira fase, com início em 2026, contempla a venda de 20 mil milhões de metros cúbicos, enquanto a segunda fase, dependente da expansão do campo de Leviatã, envolverá 110 mil milhões de metros cúbicos. Netanyahu destacou que o acordo gerará receitas de 15,3 mil milhões de euros para os cofres do Estado e incentivará mais investimentos na exploração de gás nas águas israelitas.
O ministro da Energia, Eli Cohen, afirmou que o negócio reforçará a posição de Israel como "potência energética regional".
No entanto, o acordo gerou controvérsia no mundo árabe, especialmente após as críticas do Cairo aos países ocidentais por venderem armas a Telavive durante a guerra em Gaza.
Para mitigar as críticas, Diaa Rashwan, porta-voz do governo egípcio, insistiu que se trata de uma "transação puramente comercial" e que "não implica qualquer dimensão ou entendimento político", sublinhando que a posição do Egito sobre a causa palestiniana "é firme e inabalável".
O Egito, um dos principais mediadores no conflito de Gaza, procura equilibrar os seus interesses estratégicos e económicos com a sua posição política no mundo árabe.













