Na conversa, Pureza explorou as suas influências, o seu processo criativo e as suas reflexões sobre o estado atual do país, revelando como o humor pode ser uma ferramenta de resistência e transformação. A participação de Manuel Pureza no podcast oferece uma análise profunda sobre a sua visão do humor como mecanismo de subversão e crítica social. O realizador, que recentemente lançou a série "FELP", uma comédia com atores e bonecos de esponja, vê a sátira como uma forma de "purga" e questionamento dos modelos estabelecidos, como as telenovelas, que considera serem uma forma de "estupidificação" quando poderiam ser uma "arma de educação".
Influenciado desde cedo por gigantes como Mel Brooks e os Monty Python, graças ao seu pai, José Manuel Pureza, Manuel vê no humor um "bom truque para a passagem do tempo não ser tão penosa".
A sua abordagem criativa assenta na desconstrução de cânones para encontrar a piada e propor novas perspetivas.
Contudo, a conversa transcendeu o humor, abordando as suas inquietações sobre o futuro de Portugal.
“Termos medo do que está a acontecer no país é bom, para fazermos melhor. Se resistir é vencer, criar é mais do que isso”, afirmou, defendendo um envolvimento ativo na construção de um futuro melhor.
Para Pureza, a verdadeira revolução reside em atos de humanismo e partilha, declarando que “o amor é o novo punk”.
Esta visão otimista, enraizada na esperança que deposita nas novas gerações, revela um criador consciente do seu papel social, que utiliza a comédia não apenas para entreter, mas para inspirar reflexão e mudança.













