A edição destacou a agilidade do formato podcast para cobrir eventos de última hora e aprofundar as questões sobre a manutenção dos equipamentos históricos de Lisboa. A edição extraordinária do "Expresso da Manhã" sobre o acidente do Elevador da Glória evidenciou a maturidade e a relevância do jornalismo em formato podcast em Portugal.
A capacidade de produzir e distribuir rapidamente uma análise aprofundada de um evento de grande impacto demonstra a flexibilidade do meio digital em comparação com os ciclos noticiosos mais rígidos de outros meios.
A conversa entre Paulo Baldaia e o jornalista Miguel Prado não se limitou a descrever a tragédia, mas focou-se imediatamente numa das questões centrais: a manutenção.
Ao recordar que, desde a externalização do serviço, já tinham ocorrido pelo menos dois acidentes anteriores, em 2013 e 2018, o podcast levantou questões pertinentes sobre a responsabilidade e a fiscalização.
Esta abordagem crítica e contextualizada, fornecida poucas horas após o acidente, ofereceu aos ouvintes uma perspetiva mais informada do que a simples reportagem dos factos.
O episódio especial transformou o podcast numa ferramenta de escrutínio imediato, questionando as decisões de gestão e as suas possíveis consequências.
Este tipo de jornalismo ágil e incisivo é fundamental em momentos de crise nacional, ajudando o público a formar uma opinião fundamentada e a exigir respostas das autoridades competentes.