A entrevista, dividida em duas partes, ofereceu um olhar íntimo sobre a sua vida e carreira, merecendo destaque em vários artigos.

Na conversa com Bernardo Mendonça, Romeu Costa refletiu sobre a sua relação com o medo e a opinião dos outros, revelando uma faceta pessoal que muitas vezes permanece oculta ao público. “Aconselharia à minha reencarnação não se preocupar com a opinião dos outros, a combater o medo e a viver a vida com prazer”, confessou, indicando um percurso de autoaceitação e superação.

O ator falou também sobre o seu espetáculo “Maráia Quéri”, uma criação pessoal onde exorciza os seus “fantasmas e prazeres culpados”, utilizando o humor como ferramenta de catarse e energia.

Um dos pontos centrais da entrevista foi a sua experiência com a peça “Catarina e a Beleza de Matar Fascistas”, de Tiago Rodrigues, na qual interpreta uma personagem fascista há cinco anos.

Costa descreveu como a peça, inicialmente uma distopia, se tornou cada vez mais relevante face à atualidade política, sentindo por vezes a “fúria do público”.

Esta experiência levou-o a refletir sobre o avanço da extrema-direita e o poder do medo na manipulação social: “O medo é poderoso.

Se apelar aos teus medos, vou ter ascendência sobre ti.

Esse poder existe e pode ser terrível”.

A entrevista posiciona o podcast como um espaço de profundidade, onde figuras públicas podem explorar as suas dimensões mais humanas e refletir criticamente sobre o mundo.