A sua participação ofereceu um olhar íntimo sobre o seu percurso, desde as noites no Bairro Alto até ao contacto com grandes nomes da música.
Durante a conversa no “Posto Emissor”, Marco Rodrigues recordou vários momentos que definiram a sua trajetória. Relembrou os tempos em que era fadista residente no Café Luso, no Bairro Alto, descrevendo uma vida intensa que o ensinou muito: “Vivi tudo intensamente.
Ensinou-me muitas coisas e mostrou-me outras que, se calhar, não queria ver”.
Partilhou também a história de como conheceu a cantora brasileira Maria Gadú, que resultou numa colaboração artística e numa amizade que começou de forma espontânea numa noite lisboeta: “A primeira vez que ela veio cá tocar, acabou no Café Luso.
Adorou ouvir-me cantar... acabámos no Miradouro da Senhora do Monte a tocar viola e a beber vinho até às 7 da manhã”.
Um dos relatos mais impactantes foi sobre o seu encontro com Carlos do Carmo, a quem pediu uma opinião sobre o seu álbum de estreia.
A resposta do mestre do fado foi dura, mas formativa: “‘Sim, Marco, mas o que lhe direi não é o que quer ouvir’”.
Rodrigues confessou: “Claro que aquilo me bateu.
Estive duas semanas sem querer cantar”.
O fadista falou ainda sobre as suas viagens pelo mundo, destacando a receção calorosa na Rússia, e a sua vida familiar, revelando com humor que a sua playlist é dominada por músicas de super-heróis a pedido dos seus quatro filhos.