A conversa, conduzida em inglês por Gustavo Carvalho, explorou a interseção entre identidade, comédia e aceitação.
No episódio, Pedro Leandro, filho de pai português, partilhou como a sua herança cultural influenciou o seu sentido de humor, atribuindo-o em grande parte à sua avó portuguesa, que descreveu como “das pessoas mais engraçadas que conheço, tem a personalidade de uma drag queen”.
A primeira expressão que ela lhe ensinou, “Deus me livre”, ilustra essa veia cómica.
A conversa aprofundou a complexidade da sua identidade, tendo crescido na Bélgica e vivendo há mais de uma década no Reino Unido, onde desenvolveu a sua carreira de ator e comediante de stand-up. Um ponto central da sua participação foi a análise do humor como ferramenta de sobrevivência e aceitação, particularmente para a comunidade queer. “No meu espetáculo explico como encontramos no humor um mecanismo de defesa para nos sentirmos mais bem aceites e amados como pessoas queer”, afirmou Leandro.
Esta perspetiva oferece uma visão sobre como a comédia pode ser uma forma de processar traumas e de criar laços, transformando a vulnerabilidade em força.
A sua performance na peça “Fiji”, elogiada pelo The Guardian como “magnética”, demonstra a sua versatilidade artística para além do stand-up, consolidando-o como uma voz relevante no panorama cultural britânico.












