A conversa, conduzida por Georgina Angélica e Paula Cardoso, explorou as suas raízes na Guiné-Bissau, o seu trabalho na Fundação Calouste Gulbenkian e a sua visão sobre inclusão e justiça social.
A entrevista a Saliu Djau oferece uma perspetiva valiosa sobre o ativismo e a importância da representatividade.
Djau explicou como a sua origem moldou o seu compromisso social: “A Guiné-Bissau continua a ser um dos países mais pobres do mundo.
A minha necessidade de contribuir e dar de volta às pessoas começou lá”.
Esta motivação intrínseca é o fio condutor da sua carreira, que o levou a trabalhar em prol da mudança social em Portugal. Um dos aspetos mais marcantes da conversa foi a reflexão sobre os estereótipos e a falta de representatividade em certas profissões.
Djau partilhou a reação de surpresa dos jovens quando lhes contava da sua experiência profissional: “Quando dizia aos miúdos ‘eu trabalho num banco’, ficavam: ‘uau, a sério’? Provavelmente nunca viram alguém como eu a trabalhar num banco”.
Esta experiência ilustra como a visibilidade de profissionais de diversas origens pode quebrar barreiras e inspirar as gerações mais novas.
O seu trabalho em escolas, onde a sua aparência ('rasta man') desperta curiosidade, é visto por ele como uma oportunidade para educar e promover a inclusão: “Quando vou às escolas, volto sempre feliz.
Os miúdos, que nunca viram um ‘rasta man’ a dar aulas, ficam super contentes e curiosos”.
O podcast serviu, assim, como uma plataforma para ampliar a voz de Saliu Djau, destacando os desafios e as oportunidades de promover uma sociedade mais justa e equitativa.