Com a participação do psiquiatra Carlos Nunes Filipe, diretor clínico na Associação Portuguesa para as Perturbações do Desenvolvimento e Autismo, o programa procurou desmontar as alegações cientificamente infundadas do líder norte-americano.

A discussão estabeleceu um paralelo entre esta sugestão e uma anterior, igualmente polémica, em que Trump sugeriu tratar a Covid-19 com lixívia, sublinhando um padrão de desinformação vindo da mais alta esfera do poder. O psiquiatra convidado e os artigos que noticiam o podcast refutam categoricamente a correlação apresentada por Trump, alinhando-se com a posição do fabricante do Tylenol (a marca de paracetamol mais popular nos EUA) e da comunidade médica internacional, que consideram a afirmação irresponsável. O episódio serviu para esclarecer os ouvintes sobre a falta de evidências científicas que suportem tal ligação, contextualizando o aumento de diagnósticos de autismo com uma maior precisão clínica e uma definição mais abrangente do espectro. O podcast cumpriu, assim, uma função de serviço público, combatendo a desinformação e reforçando a importância de basear as decisões de saúde em factos científicos comprovados, em vez de declarações políticas sem fundamento.