A sua intervenção destacou-se pela forte componente de comentário social e político.
Numa conversa dividida em duas partes, Joana Manuel utilizou a plataforma do podcast para analisar o clima sociopolítico atual, alertando que "os fascismos estão na berra com novos bodes expiatórios: É o outro, a bruxa, o cigano.
Até que o próximo serás tu!".
Esta afirmação serve como um aviso contundente contra a indiferença e a normalização de discursos de ódio.
A ativista criticou a nostalgia por regimes autoritários, rebatendo a ideia de que "com Salazar os filhos não ficavam em casa até aos 40", com a dura realidade de que "iam para África e voltavam num caixão". A sua análise não se limitou à crítica, apontando também caminhos para a resistência, enfatizando que "o nosso silêncio não nos vai proteger" e que a única forma de resistir é através da união e do amor: "Sermos fortes e amarmo-nos é a única forma de resistir. Apesar da guerra, do racismo, há o amor que nos salva".
A entrevista revelou também a sua jornada pessoal, onde o teatro funcionou como uma ferramenta de autoconhecimento e salvação: "O teatro salvou-me a vida.
A ponto de entrar em confronto comigo, com as minhas origens, e as certezas das rebeldias".
A profundidade e a abrangência dos temas abordados demonstram o valor do podcast como um espaço para o pensamento crítico e a reflexão social.













