A entrevista abordou a sua trajetória, a vida em Londres e o crescimento de uma nova onda de racismo e xenofobia em Portugal. A viver em Londres há mais de duas décadas, General D recordou o Portugal dos anos 90 e refletiu sobre as mudanças sociais ocorridas desde então.
A sua análise crítica sobre a representatividade nos partidos políticos portugueses foi um dos pontos altos, afirmando: “Não adianta ter um negro ou negra no PS, no PSD, no PCP.
Todos os partidos agora querem um negrinho ali.
Para nós, nada muda”.
Esta declaração sublinha uma desilusão com a representação meramente simbólica e a falta de mudanças estruturais para as comunidades racializadas.
O artista defendeu que a solução não passa pela integração forçada ou pela anulação das diferenças, mas pelo respeito mútuo. “A solução não é integrar nem ser igual.
Não temos de ser ‘todos diferentes, todos iguais’, temos de respeitar a diferença de cada um”, afirmou, propondo uma visão de coexistência baseada na aceitação da diversidade. A conversa tocou ainda no seu “enguiçado terceiro álbum”, um tema de interesse para os seus seguidores.
A presença de uma figura tão influente como General D num podcast de referência como o “Posto Emissor” demonstra o poder do formato para discussões aprofundadas sobre cultura, identidade e política, oferecendo uma plataforma para vozes críticas que desafiam o status quo.














