A entrevista destacou-se pela sua crítica à posição da RTP relativamente à participação de Israel na Eurovisão.

Durante a conversa, Úria questionou a hesitação da estação pública portuguesa em tomar uma posição, comparando-a com a rápida exclusão da Rússia do festival.

“Porque é que foi tão ágil o cancelamento da Rússia na Eurovisão e está a ser tão polémico o de Israel?

A RTP já devia ter dito alguma coisa”, afirmou o músico, sugerindo que interesses financeiros poderiam estar a influenciar a decisão, o que, na sua opinião, tornaria a situação “mais pornográfico”.

Além da política, a entrevista revelou um lado mais pessoal e profissional do artista.

Úria teceu rasgados elogios à cantora Manuela Azevedo, dos Clã, descrevendo-a como “a pessoa com mais talento a pisar os palcos em Portugal” e alguém que “não merecemos”.

Também partilhou uma curiosidade sobre a sua relação com a fadista Gisela João, admitindo que, quando a conheceu, ela o achou “pedante”.

A participação de Samuel Úria no “Posto Emissor” exemplifica como o formato de podcast permite a figuras públicas expressarem-se com uma profundidade e frontalidade que raramente encontram noutros meios, abordando desde temas polémicos da atualidade até às suas relações interpessoais no meio artístico.