A conversa destacou-se pela sua análise crítica sobre racismo, imigração e representatividade, tanto em Portugal como no Reino Unido, onde reside.
Durante o episódio, General D abordou a "onda xenófoba" que observa em ambos os países, sublinhando a contradição entre o discurso anti-imigração e a dependência económica do trabalho imigrante.
"Queres ir comprar um pacote de batatas ou cogumelos às 2 da manhã e quais são as lojas abertas?
As dos paquistaneses, dos indianos", observou, ilustrando a sua perspetiva sobre a realidade quotidiana.
O artista desafiou noções simplistas de integração, defendendo o respeito pela diferença em vez da assimilação forçada: "A solução não é integrar nem ser igual. Não temos de ser ‘todos diferentes, todos iguais’, temos de respeitar a diferença de cada um".
A sua crítica estendeu-se à representatividade política, que considera meramente simbólica.
"Não adianta ter um negro ou negra no PS, no PSD, no PCP.
Todos os partidos agora querem um negrinho ali.
Para nós, nada muda", afirmou.
Além da análise social, General D partilhou reflexões pessoais sobre o seu tempo no serviço militar, descrevendo-o como uma experiência dual.
"A tropa foi o pior e o melhor momento da minha vida.
Um puto de 18 anos não quer saber de disciplina, não quer saber de rigor", recordou, reconhecendo o seu valor formativo.
A sua participação no podcast reafirmou o seu estatuto como uma voz influente e crítica na sociedade portuguesa.














