O episódio de estreia focou-se na sua abordagem disruptiva à música clássica e na sua visão para desmitificar um universo frequentemente considerado elitista. Martim Sousa Tavares, conhecido por uma postura que foge ao estereótipo do maestro tradicional, por vezes dirigindo de calças de ganga e t-shirt, partilhou a sua missão de “tirar o mofo à música clássica”. A sua estratégia passa por colaborações com artistas de outros géneros musicais, como Dino d’ Santiago e a banda Capitão Fausto, com o objetivo de criar pontes e atrair novos públicos.
Na entrevista, o maestro expressou a sua aversão à ideia da música clássica como um reduto exclusivo, fazendo uma analogia com o desporto: “A música clássica está para a arte como o golfe está para o desporto.
Tudo o que eu possa fazer para destruir a ideia de clube, faço”. O seu sentido de humor e a sua informalidade ficaram também patentes na anedota que contou sobre a biografia que enviou para a Fundação Gulbenkian, onde, de forma irónica, se descrevia como tendo dirigido “em Chicago e Maçainhas, Rio de Janeiro e Teixoso, Milão e Colmeal da Torre”, justapondo grandes centros culturais a pequenas aldeias portuguesas. A escolha de Tavares para o arranque da nova temporada do podcast reflete o foco do programa em figuras que estão a redefinir o panorama cultural em Portugal.













