A especialista critica veementemente a dependência do automóvel, que, segundo ela, prejudica a saúde física e mental da população.
Teles argumenta que as cidades se tornaram lugares hostis, especialmente para as crianças, que descreve como "reféns dos pais, [que] crescem no banco de trás do carro, sem autonomia". Esta falta de independência, segundo a engenheira, contribui para que as escolas recebam "crianças com muitos problemas". Para ilustrar um modelo alternativo de sucesso, Paula Teles cita o exemplo de Pontevedra, em Espanha, descrevendo-a como "uma cidade magnífica" onde o autarca, médico de profissão, conseguiu "reduzir as mortes no espaço público a zero" através de políticas urbanas corajosas. A sua visão defende cidades que sejam lugares de "saúde, encontro e felicidade", o que implica decisões políticas difíceis, como a de não "cortar árvores para criar estacionamento", um erro que considera grave pois as árvores "demoram anos a crescer e muitas não sobrevivem, porque a cidade está cheia de betão". O lançamento do podcast sinaliza um interesse crescente dos meios de comunicação social em temas de sustentabilidade e qualidade de vida urbana, oferecendo uma plataforma para debates aprofundados sobre o futuro das cidades portuguesas e a necessidade de coragem para mudar o paradigma atual.













