A conversa, conduzida por José Paiva Capucho, explorou o fascínio por psicopatas americanos e questionou o impacto da violência gráfica nos media.
A série, que constitui o terceiro capítulo da antologia “Monstros” de Ryan Murphy, foca-se na figura de Ed Gein, um criminoso conhecido por profanar cadáveres e pela sua complexa relação com o universo feminino.
Rita Camarneiro descreveu a produção como “horripilante”, destacando a sua ligação a obras como “Psico” de Hitchcock.
No entanto, o debate foi além da mera análise da série, levantando questões éticas sobre a proliferação de conteúdos de 'true crime'. Camarneiro expressou a sua preocupação com o excesso de violência gráfica no mundo atual, questionando se a constante exposição a estas narrativas não estará a contribuir para a criação de mais “monstros”. “Com tantas imagens de violência gráfica, não sei se não andamos a criar mais monstros”, refletiu a radialista.
A conversa também fez uma ponte para a realidade portuguesa, com Camarneiro a sugerir que “muitos criminosos portugueses davam boas séries da Netflix”, abrindo a porta para uma discussão sobre o potencial inexplorado de histórias nacionais neste género.
O episódio evidencia o papel dos podcasts como espaços de crítica cultural, capazes de analisar produtos de entretenimento populares enquanto refletem sobre as suas implicações sociais e éticas mais vastas.














