A conversa abordou temas profundos como o processo criativo, a relação entre vida e literatura, e experiências pessoais de superação, incluindo a violência doméstica.
Durante a entrevista, Madalosso revelou que a sua escrita nasce daquilo que a "persegue, amedronta, assombra e fascina", e que o seu mais recente romance, "Batida Só", partiu de uma aflição de saúde vivida com a sua filha.
A autora explorou a sua relação umbilical com o humor, afirmando: "Não sei escrever nem viver sem humor.
Quando estou numa situação pior, lanço humor para trazer alívio".
A conversa aprofundou também o papel da psicanálise na sua afirmação enquanto escritora e como a terapia a fortaleceu para sair de uma relação abusiva.
Madalosso defendeu a complexidade da criação literária, mesmo quando confrontada com as suas convicções pessoais: "Sou feminista, mas já escrevi sobre uma mulher apaixonada por um machista.
A literatura não pode ser higienista".
Esta abordagem franca e vulnerável ilustra o poder do formato podcast para criar um espaço de diálogo autêntico, onde figuras culturais podem partilhar as suas fragilidades e a forma como estas informam a sua arte, oferecendo aos ouvintes uma compreensão mais rica e humana do seu trabalho.














