A conversa, conduzida por Paula Cardoso e Georgina Angélica, revelou um lado mais íntimo da aclamada escritora angolana.
Durante a entrevista, que coincidiu com o seu aniversário, Ana Paula Tavares abordou a chamada “síndrome de impostora”, um sentimento que a acompanha apesar do reconhecimento público.
“Recebi uma medalha no meu país e questionei porquê.
A síndrome de impostora está cá sempre”, confessou, revelando uma vulnerabilidade que contrasta com a força da sua obra.
A escritora recordou também a sua infância e a forma como a palavra se tornou o seu principal instrumento de afirmação e sedução.
“Não era loira, nem alta ou magra, comecei a seduzir pela palavra.
Fazia as redações dos colegas, era uma forma de exercer poder”, partilhou, ilustrando como a sua relação com a escrita começou cedo.
Numa nota mais pessoal e humorística, contou uma curiosidade sobre o seu nome: “O meu pai deu-me o mesmo nome que deu à sua camionete.
Deviam ser as duas coisas extraordinárias que tinha em mãos”.
A entrevista aprofundou ainda a sua ligação familiar, nomeadamente à filha e ao neto, e surpreendeu ao revelar a sua veia musical, mostrando uma faceta multifacetada da autora.










